Rede de Mulheres Filósofas da América Latina

Quem somos

Rede de Mulheres Filósofas da América Latina

A Rede de Mulheres Filósofas da América Latina da UNESCO é um espaço de vinculação para intercambiar e visibilizar a produção de um heterogêneo coletivo filosófico feminino no nível nacional, regional e internacional. Nesse sentido, trata-se de uma rede com perspectiva de gênero que deve conectar a quaisquer pessoas que se percebam como mulheres e que trabalhem a filosofia na América Latina, procedentes também de outras disciplinas ou áreas de interesse.

Sede

A sede da Rede de Mulheres Filósofas da América Latina da UNESCO é a faculdade de filosofia e Letras da Universidade de Buenos Aires (UBA).

Comitê Consultivo

Amalia Boyer (Colombia)
Xiomara Bu (Honduras)
Alejandra Castillo (Chile)
Claudia D’ Amico (Argentina)
Maria Clara Dias (Brasil)
María de los Ángeles Eraña Lagos (México)
Luciana Garbayo (Brasil)
Pamela Lastres Dammert (Perú)
Lucía Lewowicz (Uruguay)
Silvia L. López (El Salvador)
Diana Maffía (Argentina)
Ligia Pavan Baptista (Brasil)
María Lucía Rivera Sanín (Colombia)
Carolina Scotto (Argentina)

Contáctenos

Secretaria Executiva: Dra. Karina Pedace Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Contato na UNESCO: Dra. Eleonora Lamm Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Apoio na Sede Filo:UBA:  Lic. Valeria Gonzalez Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Contato General: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Antecedentes e marco de referência

Em 8 de março de 2007, como parte da celebração do Dia Internacional da Mulher, a UNESCO anunciou a criação de sua Rede Internacional de Mulheres Filósofas, que buscou reunir o maior número possível de mulheres filósofas de todos os países, áreas e correntes filosóficas, a fim de integrá-las de forma dinâmica e participativa nos diferentes projetos e atividades da UNESCO no campo da filosofia, oferecendo-lhes o apoio da Organização na criação de associações intelectuais duradoras e solidárias em favor da filosofia.

Aquela Rede recebeu um forte impulso e mantinha, inclusive, a publicação de uma revista internacional. Porém, devido a questões relacionadas à crise que afetou a UNESCO em 2011, a Rede não pôde continuar com suas atividades.

No entanto, as mesmas causas que promoveram a criação da Rede Internacional continuam a ter um forte impacto na região da América Latina. Nesse sentido, um grande dinamismo da atividade acadêmica e intelectual das mulheres filósofas se revela em diferentes âmbitos, o que não é necessariamente refletido na presença que elas têm nos cenários acadêmicos, como em publicações e em outros espaços. As mulheres filósofas parecem estar sub-representadas nos principais encontros filosóficos, instituições e em outras áreas nas quais suas vozes deveriam ser relevantes.

Também pode ser observada a importante contribuição intelectual da produção de mulheres filósofas, que requer disseminação e intercâmbio com outras mulheres que trabalham em campos de pesquisa similares. Portanto, a criação de fóruns de discussão e espaços de divulgação de publicações e do pensamento de mulheres filósofas da América Latina torna-se uma necessidade premente nos tempos atuais.

De fato, visto que nada da esfera humana é estranho à filosofia, e posto que essa esfera se sujeitou à hegemonia masculina durante séculos, é importante ressignificar a filosofia a partir de uma nova abordagem, na qual a verdade pessoal se transforme em políticas e as mulheres possam dar visibilidade ao seu trabalho, concebendo modelos alternativos de vida acadêmica, estabelecendo um contato mais fluido com o objetivo de aumentar sua produção e repensá-la de acordo com a peculiar situação que envolve o pertencimento à América Latina.

Apesar das muitas conquistas alcançadas na questão de gênero, ainda persiste uma inquietante sub-representação de mulheres filósofas latino-americanas, tanto em reuniões científicas quanto em posições de maior hierarquia acadêmica, o que resulta em um aspecto essencial em diversas tomadas de decisão.

A Rede de Mulheres Filósofas da América Latina pretende, portanto, não ser uma mera estrutura na qual se coletam dados sobre filiação de identidade institucional, mas visa a oferecer um espaço genuíno para que essas vozes sejam agregadas e ouvidas, e na qual seja difundida a rica produção filosófica como parte de um coletivo filosófico feminino heterogêneo, nos âmbitos nacional, regional e internacional. Nesse sentido, trata-se de uma Rede com uma perspectiva de gênero, que deve conectar aquelas pessoas que se percebem como mulheres e que trabalhem na e a partir da filosofia na América Latina, provenientes de disciplinas diversas e áreas de interesse variadas.

Torna-se, portanto, marco estratégico da Rede uma abordagem crítica da segregação história e geográfica inerente à(s): (i) condição das mulheres; (ii) filósofas; e (iii) pertencentes à América Latina, com vistas a uma comunidade mais justa e igualitária, no esforço de um trabalho conjunto com suas contrapartes masculinas e de sexualidades dissidentes.

Por fim, esse objetivo coincide com a estratégia prioritária da UNESCO sobre igualdade de gênero, assim como a promoção de redes como formas de fortalecer o diálogo intelectual plural, o respeito às ideias, a tolerância e o intercâmbio e a promoção do pensamento crítico a partir de diferentes perspectivas, regiões e culturas. E, principalmente, o respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais que direcionam todas as ações da UNESCO.

A Rede também será um passo em direção ao Objetivo 5 da Agenda 2030: “Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas”.

É dessa forma que o Programa de Filosofia do Escritório Regional de Ciência da UNESCO (Montevidéu) estabelece a criação da Rede de Mulheres Filósofas da América Latina, com o intuito de apoiar as atividades filosóficas das mulheres, promover a solidariedade entre elas e fornecer meios que lhes deem legitimidade, reconhecimento e visibilidade. Essa Rede servirá como uma plataforma de âmbito local, nacional e regional.

Objetivos centrais

  • A Rede de Mulheres Filósofas da América Latina terá como Objetivos
  • Fortalecer o intercâmbio e a solidariedade entre as mulheres filósofas dos países da América Latina.
  • Ajudar a romper o isolamento e promover vínculos com a criação de laços por meio da Rede.
  • Facilitar a circulação de trabalhos e publicações de mulheres filósofas na região.
  • Divulgar as atividades desenvolvidas por mulheres filósofas em diferentes âmbitos.
  • Promover a participação de mulheres filósofas em vários encontros, simpósios, seminários, congressos e conferências filosóficas na América Latina e em outras regiões.
  • Promover o diálogo filosófico e difundir a filosofia entre os e as jovens.
  • Promover a cooperação com outras redes, tais como redes e centros de pesquisa, universidades, ONGs, etc.

 

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